“(IM)MATERIALITY” tem a curadoria de Graça Rodrigues, Sónia Ribeiro, Katherine Sirois, Lourenço Egreja e Diogo Bento e expõe, através de três núcleos distintos, uma conjugação significativa de meios que vão da pintura ao desenho, passando pela escultura, pela fotografia e pela instalação.
Promove uma reflexão em torno dos conceitos de materialidade e imaterialidade, destacando a obra de cerca de 40 artistas provenientes de uma grande variedade de origens culturais e geográficas - incluindo Portugal, Angola, Moçambique, África do Sul, RDC, São Tomé e Príncipe, Burkina Faso, Namíbia, Holanda, Alemanha e Brasil - cujas práticas ultrapassam fronteiras espaciais e técnicas.
Centra-se no fascínio produzido pelos efeitos transitórios da matéria e da técnica, decorrente do atual interesse da comunidade artística pela exploração de novos materialismos, de novos meios e géneros artísticos, cada vez mais híbridos, bem como da sua dedicação crescente à recuperação e consagração de práticas ancestrais de criação artística.
Ao longo da exposição prevalece a noção da ambiguidade de género. Através dela, é-nos permitido compreender a forma como os autores avaliam a matéria e a não-matéria, a tangibilidade e a intangibilidade como um meio de comunicação, seja expandindo os media e as narrativas tradicionais, seja utilizando objetos do quotidiano como recurso para edificar novas formas.
“(IM)MATERIALITY” desafia o status quo e a significação da materialidade e da imaterialidade, que aqui são constantemente questionados e também continuamente redefinidos. Apresenta a obra de arte como um objeto social cuja forma material, longe de ser acessória, é ao contrário, essencial para a geração de um sentido.
Através desta produção, produzida pela galeria THIS IS NOT A WHITE CUBE em parceria com a Cooperativa Árvore e o Centro de Artes de Águeda, apresenta-se um projeto que pretende gerar um diálogo entre países com afinidades coloniais e históricas, refletindo sobre o conceito de decolonialidade e procurando promover uma reflexão sobre a forma como a arte contemporânea africana se tem vindo a afirmar à escala global.