Este título é uma expressão “roubada” a Ulises Carrión, artista a quem devemos a consolidação do designado livro de artista como um género de produção artística (1970).
Falamos de livros que se afastam da sua compreensão meramente literária e linguística e que se assumem, nas explorações de magnificação das possibilidades do codex, em novas plasticidades e na ordem da compreensão pelos sentidos (aísthesis).
No âmbito da exploração do livro enquanto objecto / tema, cada um destes espaços é percebido num momento diferente - numa sequência de momentos. Um livro assume-se assim como receptáculo, mais ou menos acidental, de textos, imagens e objectos, cuja estrutura será sempre irrelevante para a forma do livro enquanto tal. Um livro pode também existir como uma forma autónoma e auto-suficiente, em que o seu conteúdo funciona organicamente nessa informalidade. Um livro dentro de outro, um espaço de albergue de outros, estruturas (in)tangíveis que medeiam o tempo.
Fazer um livro será actualizar essa sequência espácio-temporal através da criação de uma sequência paralela de significações.
Artistas
António da Cruz Rodrigues
Ana Catarina Fragoso
Cecília Corujo e Juliana Julieta
Dinis Santos
Gonçalo Barreiros
Horácio Frutuoso
Hugo Barata
José Maçãs de Carvalho
João Fonte Santa
João Pedro Vale e Nuno Alexandre Ferreira
Miguel Flor
Miguel Palma
Nuno Nunes Ferreira
Pires Vieira
Sara & André
Silvia Prudêncio
Carolina Pimenta
Francisco Laranjo
Mariana Pestana
Paulo Mendes
Pedro Pousada
Rita Carvalho
Curadoria
Luís Alegre
José Sebastião Albuquerque
Produção
STOLEN BOOKS
Apoios
Livro Objecto
COW Centre for Other Worlds
Parceiros
IMPERSOL
Estúdio Joana e José
Na imagem:
Sem Título, 2012
Gonçalo Barreiros
©Bruno Lopes